domingo, 25 de setembro de 2016

Felicidade







Felicidade
 
 
Quando olho o passado, vejo que a felicidade está no presente. Basta desconstruir tudo que foi construído por equívoco.
 
Nana Okida

Anjo






Anjo

Tu és o meu melhor beijo
O abraço mais sincero
Meus versos verdadeiros
E a mais linda poesia
O amor que chega
Enquanto o sol se põe
Transformando a noite em festa
O meu melhor momento
Enquanto me acompanha
No café da manhã
Então eu te peço
Fica mais um pouco
Preciso deste encanto...
Assim é bem melhor.


Nana Okida

Bumerangue






 

Bumerangue


A dor da verdade, pode ser curada com o tempo e o entendimento, mas, o afago da falsidade, deixa cicatrizes terríveis. E funciona como um bumerangue, cada um leva pra si, exatamente o que cativou.
 
Nana Okida

Entrelaçados






Entrelaçados


No desabrochar de uma flor
Navegantes do acaso
Dançarinos do tempo
Nas quinas do mundo
Na fluidez sutil, do compasso
Apenas nós dois
Como num balé
Serpenteado ao vento
Em cada canto da vida
Nada nos pode deter
Neste instante de amor
Com nossas pernas
Entrelaçadas e languidas
Num tanto querer
Passo a passo
Na essência do que virá, depois!


Nana Okida

Degustação









Degustação

Espero que teu beijo
Envolva minha língua
Salivante, de desejos
Soletrando palavras
Obscenas, loucas
Desenhando sabores
Temperados de malícias
No céu da minha boca.
Suores salgados
Da tua pele, degustados...
Enquanto gata, no cio
Lambendo teu rosto
E o teu pelo macio
Como carícias
Com tanto gosto
Alimentando meu ego
Sentindo calafrios...




Nana Okida

Hiato







Hiato

A greta se liquefaz
Oculta na gruta
Como fenda
Que se fecha
Quando a terra consome
Em suave monte
Mas, que se abre
Ao toque de um raio, racha!
Saciada jamais
Retumbante som
Que ecoa no horizonte
Matando a sede
Aumentando a fome...



Nana Okida

domingo, 18 de setembro de 2016

Meu amor...





Meu Amor...

Eu sei que para o amor
não há uma segunda chance
como para a vitória
não há, segundo lugar...
Sei também
que um raio
não cai duas vezes
no mesmo lugar
e o amor
ah, o amor!
não fica esperando
do lado de fora da porta.
Sei que
é este o nosso
melhor momento...
não há como desdenhar
da oportunidade de amar...
O caminho é longo
o amor é verdadeiro
e o futuro sorri pra nós dois...
E tu poeta
tens apenas que esperar
enquanto guardo
os nossos sonhos ...


*No coração...

Nana Okida

Anjo





Anjo

Hoje,
acordei
em ti
sem rima, sem roupas
sem nada
suada
inspirada
as palavras
saltaram, uma a uma
animadas
cheias de nós dois
e entrelaçadas
como dois amantes
em pleno gozo
da madrugada!
Na agitação
o coração atrapalhado
batia uma, duas
três, quatro vezes
em ritmo de samba
no mesmo compasso...
Só emoção!


Nana Okida

Anjo





Anjo

O teu canto
Preso no canto da boca
Encanta-me
Extasia-me
E deixa-me, louca...
O teu pranto
Desagua no meu leito
Teus olhos
Amores perfeitos
Perdem-se no horizonte
Tal qual, plantação de trigo
Uma criança, à sorrir...
E os teus braços
Ah, estes braços
Que abraçam com suavidade
E força
Não deixam partir...
Casulo onde me abrigo!


Nana Okida.

Anseios





Anseios

Quero ser o colo
que te conforta
ouvido atento
aos teus desejos
voz que te consola
e o silêncio amigo
de um sorriso mudo!
Quero ser
o sibilar do vento
um grande amor
verso e poesia
braços que abraçam
mãos que acariciam
e, tua única flor...
quero ser tudo!
Não sei...Talvez eu seja
somente o que importa
uma alegria profunda
uma vontade que mata
a lágrima que inunda
o insano desejo
ou apenas cascata?
Sim, eu posso ser
um saboroso beijo
atrás da porta!

Nana Okida

domingo, 11 de setembro de 2016

Flagrante






Flagrante


Tantos momentos
Melodias de ti
Em mim!
Teus sons
Qu’embalam meus sonhos
Dentro de um abraço
Num laço, numa só redoma...
É tempo que não passa
Voa, ligeiro
Torna-se eterno
De janeiro à janeiro...
Num segundo, uma vida inteira

A toa!
Marulhando o mar, o vento
O Tempo!
Vida que a vida soma...

Nana Okida







 

Fé...



Fé...

Que se perca o amor
Não a ilusão de amar
Nem a paixão
Que faz a pele arrepiar...
Que estejamos sós
Mas, jamais solitários
Que os sons, da vida
Sejam vários
E estejam entre nós...
Que se vá todo romantismo
Mas, não a leveza do ser
Nem a delicadeza
E a vontade de viver...
Que se perca uma amizade
Que nem era verdadeira
Mas, jamais se perca
A confiança na humanidade
A fé em Deus
A bondade
E a caridade...


Nana Okida

Agora





Agora...


Desliguei o relógio do mundo

Quando ancorastes

Nas ancas do vento

Acendi todas estrelas

E a lua, o lustre

Mais ilustre

À nos iluminar

Então parei o tempo

Com tempo para te amar

Tornando mágico cada segundo...

Não são fantasias

Nem o sonho louco

De um poeta em devaneio

Ou versos dispersos

Nem tresloucadas poesias...

Apenas alguém que ama

Com o peito aberto

Que o leito aquece, pouco a pouco

Com o coração em chamas

Esquecido do mundo...

E à tudo, alheio...


Nana Okida



Pincelando Poesias...




Pincelando poesias...


Vejo te
Com arte...
No inverso
Dos meus versos
Na cantoria dos pássaros
No canto do meu quarto
Num olho d’água
No canto do olho
E em toda parte!
Vejo-te em mim
Com teu cheiro, impregnado
No tapete molhado
No lençol amarrotado
Nas flores do jardim!
Vejo-te assim
Nas dobras vivas
Da vida
Num banco da praça
Com hálito de hortelã
Na concha que te sacia
E enche de graça
No orvalho da manhã...
Numa grama macia!



Nana Okida

Na palma da mão






Na palma da mão

Só quero que saibas
dos meus defeitos
as qualidades são as que encontraste
meiga, amável, delicada e apaixonada
pequena, como disseste
caibo na palma da tua mão...
Perfeita em teus braços!


Ciumenta, insegura e carente
trago no coração
marcas profundas da falta de amor
mas não perco a euforia
a vontade, o desejo e o ardor...

Me ame assim
com tantos defeitos
e neste grito carente
digo-te a verdade...

Que é amar-te
eternamente!


Nana Okida

 

Pleonasmo Vicioso




Pleonasmo Vicioso


Estrelas são cristais
Refletidos na areia
Estilhaços fragmentados
E salpicados
No céu da tua boca
Em noite de lua cheia
Num beijo fugaz...
Lobos em desatinos
Cães selvagens
Dilacerando as entranhas
Nesta dança lúdica
Ao som de um violino virtual
Sobre as águas do mar
Refletindo a tua imagem...
E, dentro deste abraço
Em movimentos desenfreados
Que mais pareciam espasmos
Da tua carne na minha carne
Num amplexo mortal
Quebrando paradigmas
De amor e sexo
Com múltiplos orgasmos!


Nana Okida

Sobre o beijo...




Sobre o beijo...

O beijo é uma declaração de amor,
que no mais absoluto silêncio,
faz eco na alma da gente.
Nana Okida

Vem




Vem

Não basta a lua cheia
Iluminar o lago
Nem basta ter
O ranger da areia
No solado do sapato
Numa cantiga alheia
É preciso ver!
Vem
Não basta o coaxar do sapo
No mês de agosto
Nem os pequenos cometas
Como pirilampos
Iluminando o céu
Ou o belo guapo
Cantando operetas
Pedindo ao vento
Que desnude teu véu
Mostrando teu rosto.
Vem, vem, vem!
Vestido de cata-vento
Despenteies a bela donzela
Encaracoles os pensamentos
Ofertando um sorriso à ela
Caminhando sob a branca pele
No regaço do teu interior
Sangue que o sangue sele
Num pacto de amor!


Nana Okida

É noite!




É noite!


A temperatura continua caindo
A neve torna-se espessa
E o frio avança
congelante...

O vento assobia no telhado
fazendo coro com o tilintar de dentes
acordando os fantasmas
que rasgam o céu provocando algazarras...
Frívolos!
Eles vieram em busca dos seres indecisos, tristes
e desalmados...

A coruja pia!

Um relâmpago desenha o céu
num ballet único.
E as hienas confabulam e riem
e se ferem na luta pelos restos pútritos,
resíduos e dejetos...
Elas têm fome
aliam-se...

E imploram amor...



Nana Okida