sábado, 30 de julho de 2016

Inesperadamente...




Inesperadamente...

Eu não sei
E nem quero saber
O que acontece
Quando surges do nada
Tão de repente
Provocando um desassossego
Uma alegria repentina
Palhaço ou saltimbanco
Revelando segredos
Borboleta em desvario
Um animal no cio...
Uma vontade de viver!



Nana Okida
 

Tangível

 


Tangível

Enquanto o sol
Se esconde
E a névoa da noite
Desce lentamente
Aperta a saudade
Congelando ossos
Lá fora
Tua imagem, tão nítida
A vontade
De ver te_ Sacia!
E quando tudo acontece
Teus olhos
Com um lampejo
Regozijam me
Outra vez!
Vulcões insaciáveis
Desnudam minh’alma
Devorando minha timidez
Acordando meus lábios
E o rubor das minhas faces
Quando me beijas...


Nana Okida.

quarta-feira, 27 de julho de 2016

...



...

Você me faz tão bem
que as vezes
penso quê, até hoje
nem tinha vivido!
Então
escondo-me
dentro do teu abraço
só pra sentir teu cheiro
e as batidas do teu coração
inalando te
com vontade
que cheiro bom
é pra ser cheirado
sentido!
É pra se deixar
nos frascos da memória
guardado no diário da vida
como parte da nossa história...
Quero te assim:
Morango com Chantilly ...


Nana Okida

Perene




Perene



A madrugada
Rompe-se em sorrisos
E beijos
Perfumando a noite
Com pequeninos detalhes
Visíveis apenas
Pelos olhos
Do coração
E, as tuas digitais
Marcas indeléveis...
Que na silenciosa
Penumbra
Deste oásis
Teus lábios entreabertos
Encantam
E quando encontram os meus
Sussurram versos
Que se tornam poesia
Salpicada de estrelas
Acordando o dia!


Nana Okida

Quando penso em ti...




Quando penso em ti...


Grita o silêncio
Da tua voz
Nos versos que faço
Em tudo que penso
E em tudo que sonhei pra nós...
Quero te ouvir outra vez
Olhando nos olhos meus
E sentir doçura da tua voz
Na beleza dos olhos teus...
Que se misturam
Ao verde da minha paisagem
Quando penso em ti
E faço esta viagem...


Nana Okida

Magnetismo





Magnetismo


Quando vejo tua boca
Com este sorriso
Aberto, gostoso
Safado...
Esta voz rouca
Que me chama
Dizendo bobagens
No meu ouvido
Com som de harpa
E gosto de hortelã
Fico toda arrepiada
E, perco os sentidos!
Teu olhar tinhoso
Apaixonado
Tem o poder, de me hipnotizar
Tu és meu lume...
Um convite, ao pecado
Quando dizes que me amas
Com café na cama
Pela manhã...


Nana Okida

 

Pensamento

Retroagi...






Retroagi...

Esvaziei meu coração
Fatiei meu tempo
Levei meu cérebro à exaustão...
E pouco a pouco
Pratiquei o retrocesso
Regurgitei tuas lembranças
Desativei as ondas, do pensamento
Provei todo amargo
Que me veio a memória
Esqueci o meu ciúme
E, já quase um nada
Assim...
Fitei o universo
Reescrevi minha história
Renasci!
Entreguei-me ao vento
Aspirei um novo perfume
Que deixa rastros...
Dentro de mim!


Nana Okida.

sábado, 23 de julho de 2016

Metamorfose




Metamorfose


Queria estar dentro de um laço
Hipnotizada pelo teu olhar
Ungida, no perfume do teu abraço
Presa, no casulo do teu coração
E renascer, apenas, para te amar
Abrir as asas
Inovar... Vestir-me de sonhos
Sobrevoar o teu leito
Despir-me, de pudores
Deixar-te, sem jeito...
Pousar...
Juntar, as minhas metades
Num mesmo ritual
Fazer tuas vontades, todas
E, perder-me, em nossos ais
Nada igual...
Nunca, jamais!


Nana Okida.

Ensejo...






Ensejo...

Enquanto o sol fenecia
A ansiedade aumentava
Chegando, de mansinho...
Ansiava pelo teu abraço
Vendo a lua, abraçar a noite
Devorando o dia
Com a mesma voracidade
Que a tua boca
Devorava a minha.
Loucura, esperar por ti
Tecendo uma poesia
Desejando, teus carinhos!


Nana Okida.

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Acordar







Acordar


Com teus passos
Voltando pra cama
Trazendo um sorriso
Perfumado de café.

Nana Okida 


 

domingo, 17 de julho de 2016

Cupidez





Cupidez



Descerro as pálpebras
Guardando teu sorriso
Então te levo, num instante
Direto aos sonhos meus
Onde flutuas, em desequilíbrio
Resvalas, nos alados anjos
Revelando bravo guerreiro
Procurando abrigo
Pousas suavemente, sua nave
E descansa neste ventre
Impuro, que te aceita
E te beija, no regaço da noite.


Nana Okida

sábado, 16 de julho de 2016

Presença




Presença

Eu te amo
Não querendo amar
Eu te quero
Querendo não querer
Vejo em teus olhos
Que, não mentem
Que vais embora
Pensando em ficar...
A xícara do café
Na cabeceira da cama
Farelo de pão
Na toalha americana
A roupa esquecida
No box do banheiro
E, em toda casa
O rastro deixado
Pelo teu cheiro.
E nos detalhes
Deixados por ti
Tenho certeza
Eu quero sim!


Nana Okida.

Magia





Magia

Teço versos
E o sangue ferve
Enquanto me beijas
Tento parar o tempo
Dançar um tango
Compor um poema
Mas, não consigo
Perco-me
Em teus olhos
Definitivamente
Impulsivamente
Só sei dizer
Que te amo
E então...
Balbucio o teu nome
Seis letrinhas
Que se uniram
Para encantar-me!


Nana Okida

Quase poeta







Quase poeta


Sinto poesia em tuas mãos
Em cada toque, um verso
E as palavra
Sussurros canoros.
Teus beijos
Ah, teus beijos...
São rimas de amor
Nos teus braços
O meu ninho...
E a cada encontro
Tanto, tanto carinho.
Tens a ginga
De um barco à deriva
Iluminado pela lua cheia
Sob as estrelas
Como rimas de amor
Teu sorriso...
Inspira meus poemas
Iluminando cada estrofe
Sem rimas, sem métrica
Sem pressa
E livres como o amor!

Nana Okida

Presença



Presença

Hoje, pude sentir-te
Em cada canto da casa
Cada pequeno detalhe
Lembrava a tua presença.
Tuas roupas deixadas
Atrás da porta
Tão básicas
E ainda, perfumadas
Penduradas com displicência...
A lâmina recém usada
Ainda traz
Uma leve camada
Da barba bem feita.
O chinelo no banheiro
Ocupando a maior parte
Do tapete de crochê
Sempre me faz rir...
E a camisa
Com teu cheiro
Esta...
Eu uso para dormir!


Nana Okida.

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Cumplicidade




Cumplicidade


A luz tênue
Permeava as paredes do quarto
O dia amanhecia diferente
Havia um quê de esperança no ar
Uma sutil promessa
Perambulava por ali
Pequenas nuvens se aglomerando
Então o dia
Novamente adormecia
E os pássaros se aquietavam
Dando passagem ao amor
Que enlaçava meu corpo
Com a proximidade
Que a chuva oferecia
Permanecemos assim...
Esquecidos
Do novo dia!


Nana Okida.

Bailado...




Bailado...

Lá fora, o sol desponta
Iluminando o leito
Perfumado e desfeito...
E o amor esquenta
No encontro dos lábios
Em ávidos beijos
Faíscas, levadas
Pelo vento...
Doces requebros
No balanço do momento
Corpos em chamas
Pelos mesmos desejos
É isto que conta...
E, a casa grita, ainda mais!
E o mundo acorda
Com a melodia
Dos nossos ais...


Nana Okida.

domingo, 10 de julho de 2016

Minúncias




Minúcias.

Espalhadas pelo chão
As roupas
Como um arco íris de cores
Alegrando nossa visão
Os lençóis em desalinho, molhados
Dos corpos extenuados!
E o vapor que vem do chuveiro
A toalha molhada
Onde fica teu cheiro
Aceleram as batidas do coração
Pequenos detalhes
Que se fazem presentes
Como dádivas
Do amor da gente!
Teu perfume, em meu travesseiro
O beijo no portão
Com sabor de café quentinho
É vida que transpira
E colore meus dias!


Nana Okida.

É DE MANHÃ...




É de manhã...

De repente
Irrompes as portas
Da madrugada
Sem tempo de ordenar
Cada batida
Deste meu coração
Que, descontrolado
Atropela as palavras
No afago das mãos
Nem dizes o que sentes
No balanço do encontro
Na emoção do momento
Aumentando a vontade
Devorando a saudade
E o tempo fluindo
Com tanta emoção!


Nana Okida.

Vou te amar!




Vou te amar!


Quando o sangue ferve, em minhas veias
Ouço rugidos dentro de mim
Solto as amarras
Teu cheiro espalhado pelo vento
Em todo campo
Por onde possas estar
Aguça meu instinto animal
Que espreita tua fraqueza
Afiando as garras
Pronta pra te dilacerar
Despertas, em mim, a fera
Como loba, olhando a lua cheia
Ao anoitecer...
Há feromônio no ar!


Nana Okida.

Senhor...

 


Senhor...

Eu não sei orar...
Sei apenas o que desejo
Mas, sei que meu desejo, é por igualdade, justiça
E amor ao próximo
Sem nenhum preconceito...
Quero a união entre as nações,
Sem o vil interesse político
E piedade, muita piedade nos corações...


Que mãos se estendam para o bem;
Como socorristas, quando houver necessidade...
Que sejam benevolentes em ofertar o pão
E solidárias para com o pobre irmão...

E que eu possa Senhor, ajudar
Muito mais que ser ajudada...
Proteger além da minha própria proteção
Alimentar mais que me fartar de alimentos,
Doando muito além, daquilo que recebo...

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Silente



Silente

Dispo-me da dor
E da indiferença do tempo
E nem tento parar os ponteiros do relógio
Então flutuo indiferente, a tudo!
Em instantes, os minutos se dobram
Como dobram os sinos da capela
Bafejando seu lamento
Com hálito de saudade
Fora da rota
Ladeado de trilhos enferrujados
E a lua surge envergonhada
Naquela noite sem versos
Onde a poesia desesperada
Tentava um Paso Doble
Desiquilibrando em cada canto
E cai por terra
Morre uma vez mais
Indiferente...
E mudo!


Nana Okida.

sábado, 2 de julho de 2016

Ele precisa...




Ele precisa...


O poeta
Precisa do mar
Precisa da lua
Das estrelas
Das flores
E, de um(a)muso(a)
Pra se inspirar...
Viver junto a natureza
Precisa de ar puro
Pra respirar
O poeta precisa de amor
Dos olhos ávidos
Do leitor
Para compreender o que ele faz
Da simplicidade
De um amor seguro
E...
De muita paz!


Nana Okida