quinta-feira, 2 de junho de 2016

Andejo





Andejo


E tu vens
Chegando do nada
Surpreendendo-me, com inverdades
Trazendo desejos, paixão e beijos
Em cada palavra, doce e envolvente
No jeito matreiro, de me possuir
E este mel que me adoça
Mel, doce mel
Que derramas sobre mim
Com o som da tua voz
Bálsamo que faz esquecer
Que faz meu coração estremecer
Linda e safada...voz!
Um dia, não estarei aqui
Então, grita alto
Que eu quero te ouvir
E até os mais ínfimos gemidos
Inaudíveis à outros
Não para mim!
O som do amor
Os ruídos desconexos
Palavras plangentes
Vindas, da nossa paixão
Gemidos da alma, em festa
Que não são reprimidos
São lavas escaldantes
E que em cada orgasmo
Eu possa sentir!


Nana Okida.

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