Espaço destinado a poesia de uma mulher meio escorpião, um tanto mente, ou somente coração e se me zangas, sou zangão! Sinto medo, então te agrido, mas mesmo quando firo, morrer de amor, eu prefiro. Peço arrego e também sei pedir perdão...
terça-feira, 14 de junho de 2016
Cabresto
Cabresto
O medo que tenho
É da necessidade mórbida
De viver num quadrado
Sendo igual a você
Seguido do mar de lama
Por onde passa
Levando na cara, a máscara, da insensatez
Que se foda o sorriso enlatado
Neste rosto rotulado, cretino
Pernicioso, em sua estupidez!
O punhal que o seu peito atravessa
Rasga menos, que o veneno
Que dilacera o meu.
Sangrar, é o meu destino!
De onde venho
Ninguém dorme, nem sonha
Não falta, ao abutre, alimento
Todo homem tem os olhos mutilados
E se arrasta, em servil obediência
Cala, à qualquer atrevimento:
São répteis a injetar peçonha!
Nana Okida
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